Brasileiros ainda preferem mundo analógico à inteligência artificial, aponta 3M



Brasileiros ainda preferem mundo analógico à inteligência artificial, aponta 3M

 

Segundo pesquisa, 52% dos entrevistados optariam por possuir um carro comum em vez de um carro autônomo e 71% prefeririam um assistente humano do que um assistente robô.

Os brasileiros ainda preferem a relação humana e opções analógicas à inteligência artificial. Segundo o Índice Anual do Estado da Ciência da 3M, realizado em parceria com a Ipsos, 52% dos entrevistados optariam por possuir um carro comum em vez de um carro autônomo; e 71% prefeririam um assistente humano do que um assistente robô. Já 82% dos brasileiros optariam por fazer cinco amigos reais em vez de ganhar cinco mil novos seguidores nas redes sociais.

De acordo com o estudo, em relação aos 14 países analisados, os brasileiros também são mais propensos a terem medo, em vez de entusiasmo, com os avanços tecnológicos. Para 62% dos entrevistados, o papel dos robôs no ambiente de trabalho é algo que os faz sentir medo. E 54% teriam receio se os carros autônomos tomassem conta de todas as estradas.

Os dados ainda apontam que os brasileiros se tornaram mais céticos em relação à ciência: 39% em 2019, frente a 34% no ano passado. Em comparação com as outras nações, os brasileiros também são mais propensos a acreditar que seu país está ficando para trás quando se trata de avanços científicos.

A maioria dos brasileiros buscaria uma carreira científica se pudesse voltar no tempo — 63% contra 58% globalmente. Já 63% concordam que é importante que todos tenham conhecimentos científicos básicos, independentemente da sua profissão, contra 39% do restante do mundo.

“Vemos que os brasileiros valorizam a ciência e a veem com otimismo, mas ainda há dúvidas e receios em relação a ela”, diz Paulo Gandolfi, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da 3M do Brasil, em comunicado.

Segundo a 3M, para mudar esse cenário, a ciência precisa tornar a comunicação mais acessível ao público. Os dados da pesquisa mostram que os brasileiros gostariam que os cientistas relacionassem suas pesquisas com a vida cotidiana e as apresentassem de forma clara. “Ao tornar a ciência mais compreensível, podemos reduzir o ceticismo e o medo, ajudando assim a promover uma nova geração de cientistas e defensores da ciência”, afirma Jayshree Seth, cientista da 3M.

A pesquisa foi realizada com 14.025 adultos em 14 países entre 13 de julho e 10 de setembro de 2018.

Fonte: Época Negócios