Robôs serão colegas dos humanos, e não rivais, diz estudo do MIT



Robôs serão colegas dos humanos, e não rivais, diz estudo do MIT

 

Pesquisa aponta que futuro do trabalho está na colaboração entre seres humanos e máquinas. 

Quando o assunto é automação, inteligência artificial e robótica, é impossível não pensar no futuro do trabalho; e o medo de que os seres humanos sejam substituídos pela tecnologia é uma das reações mais comuns.

Mas uma nova pesquisa realizada pelo MIT aponta que o futuro do trabalho está na união entre humanos e máquinas, e não na disputa entre eles. O estudo revela ainda que os robôs não estão evoluindo tão rápido quanto imaginamos. 

O estudo apresenta uma série de razões por que os robôs não vão roubar nossos empregos. Para começar, não é proveitoso para a empresa demitir os funcionários e formar equipes 100% robóticas, mesmo em situações em que a tecnologia pode executar as suas funções. A prova disso é o que aconteceu no século 20, quando os robôs começaram a ser inseridos na indústria. Naquela época, a demissão em massa de trabalhadores causou um forte impacto financeiro para as fábricas.

O estudo argumenta ainda que os humanos são a parte “viva” da empresa. Sem os seres humanos, as fábricas não conseguem inovar. Na tomada de decisões complexas, ou em disputas comerciais, a inteligência artificial é incapaz de decidir o melhor rumo. 

"Quando introduzimos novas tecnologias, o negócio cresce. A expansão gera mais empregos, não menos. As pessoas não são demitidas quando há mais produtividade", diz um empresário que participou do estudo. Entre os entrevistados, mais da metade afirmaram que os robôs não substituem os humanos - em vez disso, os complementam. 

Além do chão da fábrica
Um dos argumentos usados por quem acha que os robôs vão substituir as pessoas é o fato de que os robôs comerciais serem capazes de assumir cada vez mais tarefas em armazéns, hospitais e lojas . No futuro, eles vão dominar os setores de estocagem, transporte, limpeza; além de tarefas físicas que exigem colheita, inclinação ou agachamento.

Mas o que os avanços na robótica fazem é substituir tarefas humanas que são mal pagas. O uso eficiente da tecnologia otimiza as funções do trabalhador, que pode então usar todo o seu potencial e se tornar mais produtivo. Um exemplo é o sistema robótico da Amazon, que é usado para atendimento de pedidos nos armazéns da empresa. Ele é eficaz, mas não funciona sem o trabalho dos funcionários no comando. Por isso, o estudo conclui que a chave da inovação não são os robôs, mas sim o seu trabalho junto aos seres humanos.


Fonte: Época Negócios