Nova projeção do Hayden leva público para passeio pelo Sistema Solar



Nova projeção do Hayden leva público para passeio pelo Sistema Solar

 

Em meia hora mostra imagens imersivas de mundos distantes, missões espaciais inovadoras e a evolução de nosso sistema solar.

Worlds Beyond Earth (Mundos além da Terra) é narrado pela ganhadora do Oscar Lupita Nyong'o e está em apresentação no teatro Giant Sphere, o planetário mais avançado do mundo.

"A apresentação é uma façanha da visualização científica, construída com dados e pesquisas reais. Nos últimos 50 anos, a capacidade da humanidade de viajar e estudar nosso sistema solar aumentou exponencialmente com o advento de naves espaciais robóticas e aprendemos muito sobre nossos planetas vizinhos - como eles foram formados e como são hoje", explica a presidente do museu, Ellen Futter.

Criado por uma equipe que inclui cientistas de museus, educadores e especialistas em visualização científica, Worlds Beyond Earth é uma experiência imersiva com base em dados autênticos das missões da NASA, Agência Espacial Europeia (ESA) e Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), telescópios e simulações. "Nossa capacidade de renderizar mundos distantes é impressionante, graças às missões espaciais passadas e atuais e aos dados que eles fornecem", conta Carter Emmart, diretor de Worlds Beyond Earth. "Não estamos inventando nada aqui. A altura, cor e formas que vemos são provenientes de medições reais”, completa.

O Hayden, como muitos planetários modernos, conta com projetores “fulldome” que podem cobrir todo o interior da cúpula. O sistema atual é composto por seis projetores sincronizados com resolução de 8K a 60 quadros por segundo. A cúpula também possui 23 alto-falantes e dois subwoofers. Esse equipamento ajuda na ideia de levar o público a outros mundos em nossa vizinhança solar, reconstruindo eventos reais em locais específicos, incluindo um pouso na Lua.

"As pessoas não percebam o quanto nós, como raça humana, conhecemos do nosso sistema solar", disse o curador do Worlds Beyond Earth, o geólogo Denton Ebel. "Mas nós estamos lá fora, através dessas naves espaciais incrivelmente complexas e bem-sucedidas, e o que estamos aprendendo sobre nosso lugar único é surpreendente e também um pouco preocupante", acredita o cientista.

Um exemplo dessa preocupação é a viagem ao planeta "gêmeo" da Terra, Vênus – que já teve condições muito semelhantes às do nosso planeta, mas hoje tem uma superfície quente o suficiente para derreter o chumbo devido à sua acumulação a longo prazo de gases de efeito estufa. Envio de naves espaciais explorar Vênus aprofundou a compreensão dos cientistas sobre o aquecimento global.

Por outro lado, nosso outro vizinho solar, Marte, está congelando. A exploração revela que o suprimento de água e os vulcões ativos de Marte criaram condições para a vida, mas não duraram muito – como demonstrado em uma simulação da evolução da superfície do planeta. O núcleo de Marte resfriou rapidamente, causando a deterioração do seu campo magnético e permitindo que a maior parte da atmosfera fosse arrancada. O que resta é um deserto seco e congelado - uma "Terra fracassada".

Ebel conta que queria mostrar os fenômenos mundanos que unem nossos planetas, mas também os diferenciam. "Temos todos esses processos semelhantes - temos campos magnéticos, temos vulcões, temos atmosferas, temos gravidade", diz ele. "E, no entanto, esses processos levam a essa enorme diversidade de resultados".

Fonte: Olhar Digital