No ano passado, o Facebook abandonou um plano ambicioso de desenvolver um drone movido a energia solar para levar internet a todo o mundo. Mas parece que a empresa não desistiu inteiramente desse conceito. A rede social estaria trabalhando com a Airbus para testar os drones na Austrália.
Segundo a publicação alemã Netzpolitik, as duas empresas passaram o ano passado em negociações sobre a colaboração e haviam testes agendados para novembro e dezembro de 2018.
Os testes envolviam o drone Zephyr, da Airbus, um modelo desenhado para “missões de defesa, humanitárias e ambientais”. O modelo S, envolvido nos testes, tem envergadura de 25 metros e pode voar a uma altitude de 20 quilômetros.
O modelo foi modificado para carregar uma carga, provavelmente um dispositivo que transmite internet. Não há informações sobre quais foram os resultados dos testes, e nem se eles foram realmente realizados.
O Facebook e a Airbus não deram mais detalhes sobre a cooperação. “Continuamos a trabalhar com parceiros na conectividade usando o Sistema de Plataforma de Alta Altitude (HAPS, na sigla em inglês). Não temos mais detalhes para compartilhar nesse momento”, escreveu o Facebook.
A rede social permanece em silêncio sobre o escopo do novo projeto. Também não está claro se é tecnicamente viável fornecer acesso massivo à internet via drone. Em um comunicado de 2017, o Facebook falou de seus avanços, mas reconheceu que era necessário fazer mais testes.
A empresa tem vários projetos com o objetivo de ampliar o acesso à internet ao redor do mundo, particularmente em regiões em desenvolvimento, como Ásia, África e América Latina. Os projetos de drones são certamente os mais ambiciosos, mas a empresa já usou software e a infraestrutura já existente para tentar levar acesso à internet com um custo menor.
O Tech Crunch lembrou, inclusive, do controverso projeto Internet.org, banido na Índia por violar a neutralidade da rede ao escolher quais sites e aplicativos podiam ser usados. Com a nova marca de Free Basics, o projeto foi retomado em alguns mercados.
Fonte: Época Negócios