Em meio à pandemia, lucro da Zoom cresce mais de 1.000%, somando US$ 27,1 milhões no primeiro trimestre



Em meio à pandemia, lucro da Zoom cresce mais de 1.000%, somando US$ 27,1 milhões no primeiro trimestre

 

De janeiro a março do ano passado, empresa lucrou US$ 2,2 milhões. A Zoom Video Communications, popularizada durante o confinamento social generalizado provocado pela pandemia do novo coronavírus, confirmou as expectativas, ao anunciar resultados financeiros animadores. Entre janeiro e março, a empresa californiana, que fornece serviços de videoconferência, obteve um lucro de US$ 27,1 milhões, um aumento de 1.123% na comparação com os US$ 2,2 milhões registrados em igual período do ano passado.

A receita cresceu 169%,  para  US$ 328,2 milhões, superando as estimativas de analistas, que era de US$ 202,7 milhões, segundo dados da Refinitiv. Para o segundo trimestre, a empresa espera uma receita total de US$ 450 milhões a US$ 500 milhões.

As medidas de distanciamento social impostas ao redor do mundo durante a pandemia transformaram a comunicação entre as pessoas,  que passaram a depender em grande medida das chamadas em vídeo e das conferências tanto para trabalhar em casa quanto em sua vida social, para se conectarem com famiiares e amigos.

"A crise do novo coronavírus resultou em uma demanda maior de interações e colaborações cara a cara e com muitas pessoas ao mesmo tempo", destacou Eric Yuan, fundador e CEO do Zoom, no informe de resultados. "Os diferentes usos cresceram rapidamente à medida que as pessoas incorporaram o Zoom à sua vida profissional, educacional e pessoal", acrescentou o executivo.

A plataforma tem sido utilizada para reuniões familiares, jogos de pôquer, aulas de escola, sessões de ioga e ginásrica, além, é claro, reuniões de trabalho.

A tela de mosaicos, com os rostos dos participantes, se tornou uma marca registrada, copiada em seguida por gigantes da tecnologia, como Facebook, Google e Microsoft. A companhia concorre com Webex, Teams e com a plataforma Meet, do Google, oferecendo uma versão gratuita para consumidores.

No fim do primeiro trimestre deste ano, a Zoom tinha aproximadamente 265.400 clientes pagantes - empresas com pelo menos dez funcionários. A cifra representou um aumento de 354% com relação ao ano passado, segundo a empresa sediada em San José, no Vale do Silício.

Mas nem tudo foram flores: a afluência maciça e repentina de novos usuários levou a problemas de segurança e revelou falhas na gestão de dados confidenciais, o que a levou a investir em atualizações do serviço.

O estado de Nova York anunciou em maio ter alcançado um acordo com o grupo proprietário do Zoom para melhorar a proteção em sua plataforma contra as ameaças de cibersegurança. Encerrou, assim, uma investigação da promotoria do estado lançada em março por causa das falhas.

Por outro lado, a Zoom lançou recentemente uma fundação filantrópica que começou a doar a associações locais e internacionais, incluindo a Organização Mundial da Saúde.

A companhia elevou a previsão de receita para o ano, da faixa de US$ 905 milhões a US$ 915 milhões para a faixa de US$ 1,78 bilhão a US$ 1,8 bilhão. Analistas, em média, previam receita de US$ 935,2 milhões.

Após o anúncio dos resultados financeiros do primeiro trimestre, as ações da empresa da Califórnia subiram quase 5% no after-market . Em termos ajustados, a empresa ganhou 20 centavo de dólar por ação no trimestre, superando a estimativa de analistas de nove centavos. Neste ano, as ações do Zoom mais que triplicaram de valor.

Fonte: Época Negócios