As 10 tecnologias em alta em 2018



As 10 tecnologias em alta em 2018

 

Fórum Econômico Mundial lista avanços tecnológicos que já são realidade e tem potencial de transformar a forma como vivemos, curamos doenças e lidamos com a realidade nos próximos anos.

O que uma "carne" feita em laboratório, um museu de holografias e uma versão especial da Alexa, assistente da Amazon, têm em comum? Tratam-se de tecnologias promissoras capazes de mudar a forma como vivemos. E em futuro bem próximo. Esses avanços aparecem em lista divulgada pelo Fórum Econômico Mundial nesta semana. O Fórum ouviu cientistas e especialistas em várias áreas para identificar quais tecnologias "disruptivas" já estão sendo incorporadas nas indústrias em 2018 e que prometem gerar grande impacto nos próximos anos. O resultado foi publicado na revista Scientific American. Confira: 

1. Realidade aumentada 
A sobreposição de informações e animações com imagens do mundo real já está preparada para, digamos, o consumo em massa. Embora a tecnologia não seja nova - já usávamos em aplicativos, interações e jogos como PokémonGo -, o Fórum afirma que a tecnologia está pronta para" dar um salto" em termos de sofisticação e utilização. No futuro, a realidade aumentada ajudará os cirurgiões a visualizar os tecidos debaixo da pele do paciente em três dimensões, além de permitir tours digitais (com holografia) em museus. 

2. Medicina personalizada 
Ferramentas avançadas de diagnóstico podem auxiliar a descobrir qual o melhor medicamento para um determinado paciente, bem como prever a probabilidade dele contrair uma determinada doença. Segundo o Fórum, várias destas ferramentas já estão sendo utilizadas para o combate e prevenção ao câncer. Essas ferramentas também podem dispensar exames como o diagnóstico de uma endometriose. 

3. Inteligência artificial e DNA 
A previsão é usar machine learning (aprendizado de máquina) para analisar o padrão genético, o histórico dos antepassados e prever quais moléculas provavelmente irão atuar no combate a uma futura doença. A tecnologia pode ajudar farmacêuticas a identificarem e desenvolver novos medicamentos em ritmo acelerado.

4. Assistentes virtuais mais poderosos 
Se você está se tornando dependente da Siri, Google Home ou da Alexa para colocar uma música ou conferir a previsão do tempo, saiba que em breve você terá em mãos assistentes virtuais muito mais sofisticados. A previsão é que eles possam oferecer serviços mais personalizados, coletando dados de sua rotina e de seus padrões de comportamento.  

5. Medicamentos direto nas nossas células 
Para as pessoas que precisam tomar remédios regularmente, a ideia de ter uma espécie de pequena fábrica de medicamentos implantada no corpo provavelmente é atraente. Até agora, porém, a implantação de medicamentos direto nas células é limitada porque era preciso utilizar medicamentos imunossupressores para impedir que o próprio atacasse o transplante. A tecnologia, contudo, já evoluiu, segundo cientistas consultados pelo Fórum, e pode funcionar sem o perigo de ser rejeitada pelo sistema imunológico. Isso abre um caminho de possibilidades para tratamentos de longo prazo, como doenças cardiovasculares, tuberculose, diabetes e câncer. 

6. Gene drive
Mudar genes conscientemente pode ser controverso e, muitas vezes, é algo que perpassa a reflexão de questões éticas. Mas há muitas pesquisas em torno da tecnologia chamada de 'gene drive', e que permite a indução de genes modificados. Tem enorme potencial para combater doenças, corrigir mutações ou eliminar pragas e mosquitos, como aqueles que transmitem a malária. A tecnologia ganhou um impulso com introdução da ferramenta de edição de genes CRISPR, que facilita a inserção de material genético em pontos específicos dos cromossomos. Nos últimos anos, a combinação da indução genética com o CRISPR tem modificado a biologia. 

7. Algoritmos para computador quânticos 
Os computadores quânticos são considerados máquinas poderosas capazes de resolver problemas extremamente complexos de forma muito mais rápida do que um convencional. Houve avanços significativos em sua tecnologia nos últimos anos, segundo o Fórum, e há um número crescente de acadêmicos desenvolvendo programas e softwares. A corrida das empresas para conquistar a frente desta tecnologia também é intensa. A expectativa é de que os computadores quânticos possam acelerar a cura de doenças, a descoberta de novos medicamentos e até para hackear sistemas criptografados. 

8. Materiais plasmônicos 
São materiais que manipulam os plasmons de uma superfície: pacotes de energia que flutuam sobre a superfície do material, criando propriedades físicas e ópticas totalmente novas. Plásmon é, na verdade, uma junção de plasma e fóton. Essa técnica está na base das pesquisas sobre invisibilidade e para tratar, por exemplo, um câncer sem danificar um tecido saudável.

9. Carne de laboratório 
Você comeria um hambúrguer se soubesse que ele foi produzido em um laboratório? Startups como a Mosa Meat, a Memphis Meats, a SuperMeat e a Finless Foods já atraíram milhões em financiamento para produzir um alimento com textura e aparência de carne, sem que seja necessário abate ou emissão de gases poluentes. Os custos de produção ainda são altos mas, segundo o Fórum, a tecnologia está melhorando e pode estar no restaurante mais rápido do que você imagina. 

10. Eletrocêuticos
Aparelhos que tratam doenças com impulsos elétricos têm uma longa história na medicina. Pense em marca-passos para o coração, tratamento para epilepsia ou estimulação cerebral profunda para a doença de Parkinson. Uma dessas abordagens, porém, está prestes a se tornar mais versátil, melhorando drasticamente o atendimento de uma série de condições. Envolve a entrega de sinais ao nervo vago, que envia impulsos do tronco cerebral para a maioria dos órgãos e vice-versa. Novos usos da estimulação do nervo vago (VNS) tornaram-se possíveis em parte por causa da pesquisa de Kevin Tracey, do Instituto Feinstein de Pesquisa Médica, e outros cientistas que mostraram que o nervo vago emite substâncias químicas que ajudam a regular o sistema imunológico. As descobertas indicam que é possível usar impulsos elétricos para tratar uma série de outras doenças crônicas.


Fonte: Época Negócios