Ética passou a ser tema central nas empresas da América Latina, diz VP da Dell



Ética passou a ser tema central nas empresas da América Latina, diz VP da Dell

 

Para Diego Majdalani, o cenário hoje é bem diferente do que era há 20 anos. "A maré está mudando para melhor”, segundo ele.

O vice-presidente sênior e de vendas comerciais da Dell EMC para a América Latina, Diego Majdalani, afirmou nesta terça-feira (17/07) que o ambiente de negócios do Brasil tem melhorado e que a moral e a ética passaram a ser temas centrais nas empresas da região. “O cenário hoje é bem diferente do que era há 20 anos. Depois de tudo o que vem ocorrendo, a maré está mudando para melhor”, afirmou Majdalani, durante painel sobre comércio internacional na DWEN, conferência para CEOs e mulheres empreendedoras promovida pela empresa em Toronto.

Há 12 nos na companhia, o argentino Majdalani declarou que, nos últimos cinco anos, muitas empresas e executivos brasileiros têm buscado parcerias com a companhia americana justamente por nela, segundo ele, encontrarem um ambiente seguro, sem “bastidores”. “Michael Dell é muito claro sobre nossas políticas: não há espaço nem no intervalo de uma piscadela para ‘funny businesses’ ”, disse, mencionando o CEO e fundador da Dell.

Às dezenas de empreendedoras de 16 países presentes no evento, Majdalani aconselhou-as permanecerem fiéis aos valores das próprias empresas. O executivo também indicou que elas mantenham o foco em "questões objetivas" como propriedade intelectual e aquisição de clientes, tentando se manter à margem do “barulho” sempre presente no mundo das regras governamentais: “Quanto mais profundos e arraigados os seus valores, quanto mais pessoas usarem seus produtos e serviços, quanto mais vocês estivem concentradas no coração das suas empresas, oferecendo valor para a sociedade, menor será a probabilidade de ficarem expostas ao ‘funny biz’. Mas saibam: o barulho sempre estará lá”.

Em entrevista à Época NEGÓCIOS, o executivo disse que não tem intenção de mudar a estratégia da empresa de acordo com o resultado das eleições presidenciais no Brasil. Nos próximos meses, o mercado espera que a Dell volte a ser uma companhia de capital aberto. Sobre esse tema, ele diz: “Quando estamos nas mãos de um craque (Michael Dell), não há muito com que se preocupar”. Em 2013, então uma empresa pública, a Dell fechou seu capital, em um acordo de US$ 24,4 bilhões, liderado pelo fundador.


Fonte: Época Negócios